quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
ESSÊNCIA VIVA DO PAMPA.
Crescer no pago sulino
Sobre o lombo do cavalo
É cumprir com seu destino
Sem nunca errar um pealo;
Conservar a tradição,
Dar de espora em redomão
No centro da polvadeira,
É honrar o pago em si
E viver desde guri
Na atividade campeira.
Nas noitadas de domingo
Nunca ser um maturrango,
Mas encilhar o seu pingo
Pra visitar um fandango.
E sem se fazer de tonto,
Ouvir uma gaita ponto
Choramingar a vaneira,
Enquanto na multidão
Vai procurar no salão
Uma prenda dançadeira.
Pois quem já nasce gaudério
Não tem um destino certo,
Sai pra desvendar mistério
Que ainda está encoberto;
Não importando a distância,
Percorre qualquer estância
Com seu cavalo alazão
Que galopa pela estrada
E às vezes pede pousada
Sobre o teto de um galpão.
Assim o gaúcho vive
Neste solo pampiano,
Entre penhasco e declive
Sempre tem um lugar plano
Com pastagem verdejante,
Igual tapete gigante
Pela sua linda estampa
Que reflete o céu azul,
Meu Rio Grande do Sul,
Essência viva do pampa.
José Heitor Fonseca.
Sobre o lombo do cavalo
É cumprir com seu destino
Sem nunca errar um pealo;
Conservar a tradição,
Dar de espora em redomão
No centro da polvadeira,
É honrar o pago em si
E viver desde guri
Na atividade campeira.
Nas noitadas de domingo
Nunca ser um maturrango,
Mas encilhar o seu pingo
Pra visitar um fandango.
E sem se fazer de tonto,
Ouvir uma gaita ponto
Choramingar a vaneira,
Enquanto na multidão
Vai procurar no salão
Uma prenda dançadeira.
Pois quem já nasce gaudério
Não tem um destino certo,
Sai pra desvendar mistério
Que ainda está encoberto;
Não importando a distância,
Percorre qualquer estância
Com seu cavalo alazão
Que galopa pela estrada
E às vezes pede pousada
Sobre o teto de um galpão.
Assim o gaúcho vive
Neste solo pampiano,
Entre penhasco e declive
Sempre tem um lugar plano
Com pastagem verdejante,
Igual tapete gigante
Pela sua linda estampa
Que reflete o céu azul,
Meu Rio Grande do Sul,
Essência viva do pampa.
José Heitor Fonseca.
A TRAGÉDIA EM SANTA MARIA
Nos versos que faço aqui
Com enorme sentimento,
O pago ficou de luto
Quando naquele momento
Um incêndio pavoroso
Causou tamanho tormento
Na tal de boate Kiss
E o triste acontecimento
Foi notícia pelo mundo
Como um grito de lamento.
Até nossa Presidenta
Chorou com grande emoção
Ao saber desta tragédia
Que comoveu a nação.
Eram jovens estudantes
Que estavam na diversão
E suas vidas ceifadas
Dentro daquele salão,
Deixando seus próprios pais
Em grande lamentação.
Comentar essa tragédia,
Peço que o Senhor me ajude,
Pois via nos estudantes
A força da juventude
Com um futuro brilhante,
Sem problemas de saúde
Gozando de nova vida
Em toda a sua amplitude,
Mas o destino macabro
Foi cruel, mesquinho e rude.
Aniquilando de vez
A esperança radiante
Que nascia em cada mente
Ter um futuro brilhante
Na profissão escolhida
Pelo jovem estudante,
Mas a morte tenebrosa
Emergiu naquele instante
Trazendo dor e tristeza
Ao nosso Brasil gigante.
Santa Maria virou
Notícia por todo o mundo,
As manchetes de jornais
Propagaram num segundo
A tragédia da boate
Com sentimento profundo.
E na contagem dos mortos,
Tinha jovem moribundo
Que mais tarde faleceu,
Deste acidente oriundo.
As vítimas foram tantas
Que nem numerar consigo,
Pois dentro dos hospitais
Alguns estão em perigo
Pela grande gravidade,
Por isso prezado amigo,
Que nossas orações sirvam
De consolação e abrigo
Neste momento difícil
Que mais parece um castigo.
Aos pais enlutados que
Sofrem pela triste ausência
Dos seus filhinhos queridos,
Que Jesus dê resistência
E amparo nesse momento,
Pois é com benevolência
Que faço meus versos rudes
Num ato de condolência,
Pedindo que confiem
Na Divina Providência.
Eu sei que a dor é feroz
E maltrata o coração,
Parece uma chaga aberta
Trazendo imensa aflição,
Mas podemos abrandar
Pelo poder da oração,
Se com fé buscarmos Deus,
Tendo muita devoção,
Só assim será quebrada
Toda a corrente ou grilhão.
A tragédia da boate
Com tempo ninguém esquece,
Principalmente a família
Que com a perda – padece,
Pois é com passar do tempo
Que essa saudade cresce,
Por isso prezados pais,
O poder que fortalece
É o que vem do bom Deus,
Por meio da nossa prece.
Portanto caro leitor,
É com tristeza que falo:
A morte vem de surpresa,
Como quem surge a cavalo
Provocando em todos nós
Doloroso e forte abalo,
Pois com essa dor imensa
De não fazer intervalo,
Sinto o quanto sou pequeno
E sem palavras me calo.
José Heitor Fonseca.
Com enorme sentimento,
O pago ficou de luto
Quando naquele momento
Um incêndio pavoroso
Causou tamanho tormento
Na tal de boate Kiss
E o triste acontecimento
Foi notícia pelo mundo
Como um grito de lamento.
Até nossa Presidenta
Chorou com grande emoção
Ao saber desta tragédia
Que comoveu a nação.
Eram jovens estudantes
Que estavam na diversão
E suas vidas ceifadas
Dentro daquele salão,
Deixando seus próprios pais
Em grande lamentação.
Comentar essa tragédia,
Peço que o Senhor me ajude,
Pois via nos estudantes
A força da juventude
Com um futuro brilhante,
Sem problemas de saúde
Gozando de nova vida
Em toda a sua amplitude,
Mas o destino macabro
Foi cruel, mesquinho e rude.
Aniquilando de vez
A esperança radiante
Que nascia em cada mente
Ter um futuro brilhante
Na profissão escolhida
Pelo jovem estudante,
Mas a morte tenebrosa
Emergiu naquele instante
Trazendo dor e tristeza
Ao nosso Brasil gigante.
Santa Maria virou
Notícia por todo o mundo,
As manchetes de jornais
Propagaram num segundo
A tragédia da boate
Com sentimento profundo.
E na contagem dos mortos,
Tinha jovem moribundo
Que mais tarde faleceu,
Deste acidente oriundo.
As vítimas foram tantas
Que nem numerar consigo,
Pois dentro dos hospitais
Alguns estão em perigo
Pela grande gravidade,
Por isso prezado amigo,
Que nossas orações sirvam
De consolação e abrigo
Neste momento difícil
Que mais parece um castigo.
Aos pais enlutados que
Sofrem pela triste ausência
Dos seus filhinhos queridos,
Que Jesus dê resistência
E amparo nesse momento,
Pois é com benevolência
Que faço meus versos rudes
Num ato de condolência,
Pedindo que confiem
Na Divina Providência.
Eu sei que a dor é feroz
E maltrata o coração,
Parece uma chaga aberta
Trazendo imensa aflição,
Mas podemos abrandar
Pelo poder da oração,
Se com fé buscarmos Deus,
Tendo muita devoção,
Só assim será quebrada
Toda a corrente ou grilhão.
A tragédia da boate
Com tempo ninguém esquece,
Principalmente a família
Que com a perda – padece,
Pois é com passar do tempo
Que essa saudade cresce,
Por isso prezados pais,
O poder que fortalece
É o que vem do bom Deus,
Por meio da nossa prece.
Portanto caro leitor,
É com tristeza que falo:
A morte vem de surpresa,
Como quem surge a cavalo
Provocando em todos nós
Doloroso e forte abalo,
Pois com essa dor imensa
De não fazer intervalo,
Sinto o quanto sou pequeno
E sem palavras me calo.
José Heitor Fonseca.
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AMOR PELO PAGO.
Este meu
pago sulino
Que
cultiva a tradição
Onde se
junta à gauchada
Perto do
fogo de chão
Tomando
este verde amargo
Chamado
de chimarrão
Que
aquece em tempo de inverno
A peonada
no galpão
Enquanto
conta-se causo
Falando
de marcação.
É meu Rio
Grande do Sul
Com seu
tradicionalismo
Pois
nesta lida campeira
Não há
motivo pra abismo
Conservamos
nossas raízes
Com
enorme brilhantismo
Levando
de pago em pago
A
bandeira do gauchismo
Pois este
pampa gaúcho
É cenário
pra turismo.
E os
versos rudes que faço
Vão
saltando da memória
Assim
como o peão salta
Sempre em
busca de vitória
No lombo
do potro xucro
Em um
momento de glória
Para
vencer a disputa
E cumprir
a trajetória
Deste
modo são meus versos
Pesquisando
nossa história.
Quem faz
a lida campeira
Na sua
simplicidade
Eu
comparo com meu verso
Que tem a
mesma igualdade
É bem
simples de fazer
Sai com
naturalidade
Para
falar do meu pampa
Que tem
hospitalidade
Pois amo
minha querência
Desde
minha tenra idade.
Portanto
prezado amigo
Sou mais
um touro que berra
Também
sou o som da gaita
Tocado em
cima da serra
Sou o
ronco ritmado
Do bugio
que jamais erra
Sou
paisagem colorida
Também
fuzil para guerra
Porém no
verso bagual
Sou um
filho desta terra.
Sou
passarinho que canta
No tronco
duma forquilha
Sou um
herói que lutou
Na
revolta farroupilha
Também
sou peão de estância
Laçando
lá na coxilha
Porém
jamais eu serei
Alguém
isolado em ilha
Pois bom
gaúcho de fato
Luta
firme – não se humilha.
Tenho que
ter muito orgulho
Desta
minha descendência
E dos
heróis farroupilhas
Que
pelearam na querência
Derramando
muito sangue
Pra
trazer independência
Ao nosso
solo pampiano
Pois
trago na consciência
Mesmo
amor pelo torrão
Por toda
a minha existência.
Quem não
ama sua terra
Não tem
memória – talento
É
semelhante uma folha
Que voa
conforme o vento
Mas quem
ama seu torrão
Já não
vive no relento
Pois sabe
que tem um lar
Para o
seu acolhimento
Ali não
sofre tortura
E nem
passa por tormento.
Gaúcho
Caçapavano
É firme –
não escorrega
Lino
Azambuja dizia:
“Caçapava
não se entrega!”
Concordo
com sua frase
Quem é
gaúcho não nega
Morre
peleando no campo
Sem se
esconder na macega
Também
sou de Caçapava
Touro
bravo não me pega.
Patrício,
peço desculpa,
Aqui faço
a despedida.
Se meu
verso não for bom
Toda a
rima está perdida,
Do
contrário meus amigos
Agradeço
essa acolhida
Pois
tenho sangue de taura
Que
peleja pela vida
Mas não
esquece seu chão
Mesmo que
dê a partida.
JOSÉ HEITOR FONSECA.
WALMOR CHAGAS
Foi nas Minas do Camaquã,
Que tudo parecia estar pronto,
Para acontecer esse encontro;
De um grande artista com seu fã!
Vim conhecer-te por acaso,
Caminhando por essas plagas,
Velho guerreiro Walmor Chagas,
E não me fizeste descaso!
Em versos singelos, sem luxo,
É que faço esta homenagem,
Por saber que é um gaúcho!
Do teatro é um baluarte,
E sempre com muita coragem,
Leva pelo mundo sua arte!...
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