segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Quarta Antologia


ANJO DA GUARDA.

Vejo um anjo que me guarda
Nessa passagem da vida.
Como soldado de farda,
Sempre me dando guarida.

É bom estar em contato
Com o nosso anjo custódio,
Pois acredito de fato
Que a vida será sem ódio.

Quando um santo anjo aparece
Vem uma força que abrasa
E meu coração se aquece...

É meu anjo com enorme asa
Que lá do alto feliz desce
Pra ficar em minha casa!...

José Heitor Fonseca.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Publicação.

Poeta Marciano Medeiros publica romance de cordel contando história de amor vivida no Facebook

(Da redação)

“Lindo Amor que Floresceu nas Páginas do Facebook”, é o novo título do cordelista Marciano Medeiros. O autor diz que trabalhou um ano elaborando essa história de ficção e que ambientou tudo em 20010, na cidade de Serra de São Bento/RN. Marciano Medeiros afirmou que procurou unir o clássico ao moderno, elaborando essa moderna e inesquecível história de amor acontecida no Facebook.
Trata-se da vida de João Pereira da Silva, conhecido por João Faxina. O cordelista declarou que este personagem surgiu através de um sonho que teve. Já algumas experiências vivenciadas na internet por ele e amigos, serviram para elaboração do enredo. Medeiros enfatizou que num sítio de Serra de São Bento existia uma menina chamada Jucileide, que era apaixonada por João Faxina, mas a jovem foi rejeitada em suas românticas pretensões amorosas.
Em maio de 2010 o moço João, começa a se interessar pelo Facebook, encontrando na possibilidade uma ferramenta moderna para lhe ajudar a encontrar um grande amor. A trama do cordel aborda problemas de discriminação, mostra as mudanças nos hábitos da sociedade nordestina, os perigos do namoro virtual e apresenta no mínimo três desfechos. O cordel está sendo impresso numa tiragem de mil exemplares e tem o patrocínio do jornalista Joaquim Pinheiro.
O romance é composto de 159 estrofes, diagramadas em 32 páginas. A capa mostra uma xilogravura de Erick Lima e o texto foi elaborado em sextilhas. Marciano Medeiros disse que irá divulgar seu novo cordel em todas as escolas que puder e que ficou muito feliz na criação deste novo e surpreendente romance, que divulgará Serra de São Bento de modo inimaginável por todo o Brasil. Toda a cena vivida pelos personagens principais se passa nas dependências da Escola Estadual Professor Joaquim Torres.
O poeta que integra a Academia Norte-rio-grandense de Literatura de Cordel é natural de Santo Antônio/RN, porém nunca perdeu o vínculo com Serra de São Bento, cidade onde se encontra todas as origens familiares do autor. 
Este Cordel pode ser adquirido com o autor pelo E-mail:
 marcianobm@yahoo.com.br

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

VIDA DE CARRETEIRO.


       
 Nos tempos de carreteada,
Às vezes, em pleno inverno,
Sem achar uma pousada;
Parecia ser eterno
O sofrer do carreteiro
Que para ganhar dinheiro
Conduzia sua carga,
Não importando à distância,
Nem fazendo relutância
Da sua ‘vidinha’ amarga.

Embaixo desta carreta,
Companheira inseparável,
Com o poncho de cor preta
Para manter-se saudável;
Acende o fogo de chão
E tomando chimarrão
Após o seu desembarque,
Tira da cintura o ‘berro’
E na panela de ferro
Faz um bom arroz com charque.

Às vezes um guri vai
Para lhe prestar socorro,
Pois sempre ajuda seu pai
Juntamente com cachorro
Que serve de sentinela,
Enquanto um abre a cancela,
O cão insistente late
Dizendo que tem alguém
E se for homem de bem
Até fica para o mate.

      José Heitor Fonseca.




MEU CHÃO.


  Sou filho desta querência,

E entre nuvens – Céu azul;

‘Ta Caçapava do Sul,

Um pago por excelência,

E a Divina Providência,

Providenciou sem abismo,

Área boa de turismo,

E as paisagens tão bonitas,

O rochedo das Guaritas,

Que serve pra montanhismo.



Tem a Pedra do Segredo,

Que Deus entregou pra nós,

Onde retumba tua voz,

E até te provoca medo.

Visite de manhã cedo,

Para ver o sol que nasce,

Será Deus beijando a face,

Desta pedra tão gigante?

Se não for, é importante;

Que a linda pedra falasse...



E com tamanha beleza,

Não existe algum poeta,

Que numa frase correta,

Descreva a mãe natureza.

E assim desculpe a pobreza

Dos versos desse gaudério,

Que sem qualquer revertério,

 Faz da rima o próprio lema,

E nela procura um tema,

Que vá desvendar mistério.



E diante da natureza,

Contemplo um belo cenário,

E sem fazer comentário,

Desfruto desta riqueza;

O ruído da correnteza,

Ali próximo da mata,

É o som que vem da Cascata,

Percorrendo a ribanceira,

E o Forte – nossa trincheira,

Erguido por longa data.





Forte D. Pedro II,

Assim que foi batizado,

E o batismo confirmado,

Com sentimento profundo,

E talvez não saiba o mundo,

Que sem custar um centavo,

Foi feito por mão de escravo,

Que deram ali sua quota,

Numa época remota,

Por ser nosso povo bravo.



E para findar, parceiro,

Quero falar com afã,

Das Minas do Camaquã,

E a Fonte do Conselheiro,

Por ser um bom brasileiro,

Tenho que amar meu torrão,

E trazer no coração,

Esse sentimento nato,

Ó, velha Fonte do Mato,

Água pura do meu chão.

JOSÉ HEITOR FONSECA.




terça-feira, 9 de setembro de 2014

Lançamentos na Feira do Livro de Porto Alegre.

AGENDA CULTURAL.

A Academia Gaúcha dos Poetas de Cordel, convida aos amantes da poesia para o lançamento da sua "4ª Antologia" e do livro: "Falso Amor - Décimas Gaúchas", do poeta José Heitor Fonseca. Dia: 16/11/2014, na Feira do Livro de Porto Alegre - Memorial do Rio Grande do Sul.

sábado, 26 de abril de 2014

FALSO AMOR - DÉCIMAS GAÚCHAS.

Para adquirir esse livro, ligue para: (55) 3281 5218 ou (55) 91337841, E-mail: zeheitordopampa@hotmail.com

Em breve, o lançamento deste livro!


     Um romance em poesia, uma história de amor com ironia, destinos que se cruzam... Um antes e um depois.
      Assim escreve o poeta José Heitor Fonseca, que consegue transformar em belos versos sua imaginação com um pouco de realidade, contemplando em seus versos uma trama envolvente, escrita em décimas que nos levam a viajar na história da ingênua Sara e o ambicioso Zélio, com fatos da vida cotidiana que envolve amor, poder, ilusão e destruição.
O que era falso amor se transforma em um grande amor depois de longa espera, nos dando a certeza que o bem vence o mal.
Prof.ª Ana Lúcia Madrid Costa.·.            

sexta-feira, 21 de março de 2014

DÉCIMA DO PINGO MOURO.




Cavalo bom de jornada
Que pra mim vale um tesouro,
Não tem dinheiro que pague
Nem mesmo ‘mina’ de ouro
Que tire o pingo de mim,
Até fico num estouro
Se me fizerem proposta
De comprar meu pingo mouro,
É mais fácil enfrentar
O chifre agudo dum touro.

Lá nas canchas de carreira
Onde fiz muito dinheiro,
Meu cavalo vencedor
Sempre chegava primeiro,
Não tinha corrida incerta
E nem melhor parelheiro,
O pingo mouro ganhava
Com seu tiro bem certeiro,
Hoje velho aposentado
Fica mais no meu potreiro.

Mas quero contar aqui
Com muita dedicação:
A vida do pingo mouro,
Nascimento e criação,
Pois peguei ainda guaxo
Na Fazenda do rincão,
Sua mãe morreu no parto
No final da gestação
E eu logo o adotei
Somente por compaixão.

O pingo mouro dormia
Na beira da minha cama.
O bicho mesmo selvagem
Tem aspecto de quem ama,
Embora sendo animal
Igual criança reclama
E além de me acompanhar
Entre ‘relincho’ me chama,
Somente fica quieto
Quando vai dormir ou mama.

Por ser um potrinho guacho
A sua alimentação
Vinha só por mamadeira
Através da minha mão,
Se outro fosse alimentá-lo
Ele não queria não,
Assim foi crescendo forte
Com muito leite e ração
Até se tornar de fato
Um pingo flor do rincão.

E foi assim desta forma
Que lhe dei ensinamento:
Além de ser bom campeiro
Tinha grande entendimento,
Ao falar com pingo mouro,
Era meu encantamento,
Porque sempre me atendia,
Não importava o momento.
E para correr carreira
Ele teve treinamento.

Portanto ganhava aposta
Na pior dificuldade.
As patas do pingo mouro
Tinha mais velocidade
Que qualquer cavalo bom
De toda localidade,
Até longe da querência
Era flete de verdade;
Ganhava só dando luz
Pela sua qualidade.

O pingo mouro ficou
Famoso Brasil a fora,
Sem nunca levar no lombo
As rosetas duma espora
Por ser pingo obediente,
Pronto para qualquer hora,
Não tinha mesmo embaraço
E muito menos demora,
Pois na frente do meu mouro
Qualquer bagual se apavora.

Não sou de contar vantagem,
Mas uma coisa lhe digo:
O meu pingo mouro era
Além de fiel amigo,
Um companheiro de estância
Que não merece castigo;
Apareceu uma cobra
E o pingo junto comigo
Começou a relinchar
Me alertando do perigo.

Se pudesse contar tudo
Até faltaria espaço,
Por isso vou resumir
Nos versos xucros que faço,
Meu pingo mouro está velho
Sem nunca levar laçaço.
E se alguém por valentia
Quiser me botar o braço
Meu mouro entra na peleia
Dando relincho e pataço.

JOSÉ HEITOR FONSECA.