quarta-feira, 10 de setembro de 2014

MEU CHÃO.


  Sou filho desta querência,

E entre nuvens – Céu azul;

‘Ta Caçapava do Sul,

Um pago por excelência,

E a Divina Providência,

Providenciou sem abismo,

Área boa de turismo,

E as paisagens tão bonitas,

O rochedo das Guaritas,

Que serve pra montanhismo.



Tem a Pedra do Segredo,

Que Deus entregou pra nós,

Onde retumba tua voz,

E até te provoca medo.

Visite de manhã cedo,

Para ver o sol que nasce,

Será Deus beijando a face,

Desta pedra tão gigante?

Se não for, é importante;

Que a linda pedra falasse...



E com tamanha beleza,

Não existe algum poeta,

Que numa frase correta,

Descreva a mãe natureza.

E assim desculpe a pobreza

Dos versos desse gaudério,

Que sem qualquer revertério,

 Faz da rima o próprio lema,

E nela procura um tema,

Que vá desvendar mistério.



E diante da natureza,

Contemplo um belo cenário,

E sem fazer comentário,

Desfruto desta riqueza;

O ruído da correnteza,

Ali próximo da mata,

É o som que vem da Cascata,

Percorrendo a ribanceira,

E o Forte – nossa trincheira,

Erguido por longa data.





Forte D. Pedro II,

Assim que foi batizado,

E o batismo confirmado,

Com sentimento profundo,

E talvez não saiba o mundo,

Que sem custar um centavo,

Foi feito por mão de escravo,

Que deram ali sua quota,

Numa época remota,

Por ser nosso povo bravo.



E para findar, parceiro,

Quero falar com afã,

Das Minas do Camaquã,

E a Fonte do Conselheiro,

Por ser um bom brasileiro,

Tenho que amar meu torrão,

E trazer no coração,

Esse sentimento nato,

Ó, velha Fonte do Mato,

Água pura do meu chão.

JOSÉ HEITOR FONSECA.




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