Sou filho desta querência,
E entre nuvens – Céu azul;
‘Ta Caçapava do Sul,
Um pago por excelência,
E a Divina Providência,
Providenciou sem abismo,
Área boa de turismo,
E as paisagens tão bonitas,
O rochedo das Guaritas,
Que serve pra montanhismo.
Tem a Pedra do Segredo,
Que Deus entregou pra nós,
Onde retumba tua voz,
E até te provoca medo.
Visite de manhã cedo,
Para ver o sol que nasce,
Será Deus beijando a face,
Desta pedra tão gigante?
Se não for, é importante;
Que a linda pedra falasse...
E com tamanha beleza,
Não existe algum poeta,
Que numa frase correta,
Descreva a mãe natureza.
E assim desculpe a pobreza
Dos versos desse gaudério,
Que sem qualquer revertério,
Faz
da rima o próprio lema,
E nela procura um tema,
Que vá desvendar mistério.
E diante da natureza,
Contemplo um belo cenário,
E sem fazer comentário,
Desfruto desta riqueza;
O ruído da correnteza,
Ali próximo da mata,
É o som que vem da Cascata,
Percorrendo a ribanceira,
E o Forte – nossa trincheira,
Erguido por longa data.
Forte D. Pedro II,
Assim que foi batizado,
E o batismo confirmado,
Com sentimento profundo,
E talvez não saiba o mundo,
Que sem custar um centavo,
Foi feito por mão de escravo,
Que deram ali sua quota,
Numa época remota,
Por ser nosso povo bravo.
E para findar, parceiro,
Quero falar com afã,
Das Minas do Camaquã,
E a Fonte do Conselheiro,
Por ser um bom brasileiro,
Tenho que amar meu torrão,
E trazer no coração,
Esse sentimento nato,
Ó, velha Fonte do Mato,
Água pura do meu chão.
JOSÉ HEITOR FONSECA.
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