quarta-feira, 10 de setembro de 2014

VIDA DE CARRETEIRO.


       
 Nos tempos de carreteada,
Às vezes, em pleno inverno,
Sem achar uma pousada;
Parecia ser eterno
O sofrer do carreteiro
Que para ganhar dinheiro
Conduzia sua carga,
Não importando à distância,
Nem fazendo relutância
Da sua ‘vidinha’ amarga.

Embaixo desta carreta,
Companheira inseparável,
Com o poncho de cor preta
Para manter-se saudável;
Acende o fogo de chão
E tomando chimarrão
Após o seu desembarque,
Tira da cintura o ‘berro’
E na panela de ferro
Faz um bom arroz com charque.

Às vezes um guri vai
Para lhe prestar socorro,
Pois sempre ajuda seu pai
Juntamente com cachorro
Que serve de sentinela,
Enquanto um abre a cancela,
O cão insistente late
Dizendo que tem alguém
E se for homem de bem
Até fica para o mate.

      José Heitor Fonseca.




Nenhum comentário:

Postar um comentário